“Fez o trabalho sujo por mim”: Jorge Costa era um verdadeiro líder e esta,

Lembra-se do que aconteceu num Belenenses-FC Porto na época 2002/2003? Nesse jogo, os ‘dragões’ perdiam ao intervalo e, naturalmente insatisfeito, Jorge Costa fechou a porta do balneário ao técnico José Mourinho e “acordou” a equipa. No segundo tempo, o capitão marcou dois golos e os ‘azuis e brancos’ ‘sacaram’ os três pontos.
Jorge Costa é recordado por muitos como uma figura que impunha respeito e capitaneava o FC Porto como nenhum outro. Para além de um capitão, o antigo camisola dois dos ‘dragões’ era um líder nato. Prova disso? O que aconteceu no Belenenses-FC Porto na época 2002/2003.
O icónico defesa-central, que morreu esta terça-feira aos 53 anos, era conhecido como “o bicho” e não era por acaso. Para além do poderio físico que apresentava, Jorge Costa sobressaía pela postura de liderança que o caracterizava.
Entre tantas outras histórias que demonstram na perfeição aquilo que o patrão da defesa dos ‘dragões’ representava na equipa azul e branca, José Mourinho, numa entrevista publicada em 2019, escolheu um episódio passado numa partida frente ao Belenenses para definir o que é um líder.
Corria a época 2002/2003 quando os ‘dragões’ se deslocaram ao Restelo para disputar a jornada 18 do campeonato. Ao intervalo, os comandados de José Mourinho perdiam por uma bola a zero.
Volvidos ao balneário, Jorge Costa pediu dois minutos ao técnico para falar a sós com a equipa.
“Ele entrou, fechou a porta e fez o trabalho sujo por mim (…) Ele fez no balneário tudo aquilo que eu faria”, recordou o ‘special one’.
Depois disso, no segundo tempo, Jorge Costa, que era defesa-central, recorde-se, marcou dois golos e guiou a equipa até à vitória. O FC Porto viria a ganhar 3-1.
O próprio ex-jogador contou a mesma história em entrevista aos meios do clube azul e branco, que hoje voltou a publicar um trecho dessas declarações.
Segundo Jorge Costa, ao intervalo, a equipa, que demonstrava “apatia” até então, precisava de “acordar”:
“Fui, provavelmente, das vezes mais agressivo de toda a minha vida. Acabei por fazê-lo de uma forma natural porque estava mesmo irritado. Foi giro porque o Mourinho ia a entrar e calou-se, deixou-me falar e, quando eu me calei, entrou e só [disse] ‘sai este, entra aquele
Foram histórias como esta que marcaram a carreira de um jogador que era muito mais do que isso.