Fc Porto

Rodrigo fora do onze: não perder pela

Farioli não tem tido espaço no 11 inicial para Rodrigo Mora, mas o jovem jogador pode estar descansado: tem qualidade de sobra para mostrar ainda mais do que na época passada

Rodrigo Mora é um talento como não há muitos. Tem apenas 18 anos e a época passada mostrou que já é capaz de carregar uma equipa grande às costas, isto se considerarmos que o FC Porto de 2024/25 era uma equipa (quanto mais grande…).

Porto de 2024/25 era uma equipa (quanto mais grande…).

Com o arranque da Liga a aproximar-se, parece que o jovem prodígio portista perdeu o lugar no 11 entretanto, isto apesar de as bancadas do Dragão o tratarem como um bem sagrado. No 4x3x3 de Francesco Farioli, é Gabri Veiga quem tem assumido o papel de médio mais criativo, seguro pela função até agora cumprida com excelência por Victor Froholdt (craque!), e são Borja Sainz e o recuperado Pepê a ocupar as alas e a aparecer na área com perigo. A boa notícia para os azuis e brancos é que a estratégia está a funcionar e o que se viu nos últimos amigáveis chega para animar as hostes. A má notícia para Rodrigo Mora é que há agora menos espaço para os seus desequilíbrios individuais, que decidiram vários jogos quando o FC Porto tanto precisou.

Das ideias já postas em prática pelo novo treinador, destaco a forma como o conjunto portista pressiona em todos os momentos, com os setores muito mais aproximados do que se viu na temporada passada, e com solidariedade a rodos (que se transforma em agressividade quando é necessário). Ainda é cedo para decretar o regresso portista às grandes lutas, mas salta à vista que pelo menos está de volta uma equipa.

E se é verdade que as grandes equipas precisam de grandes jogadores, também começa a ser notório o salto qualitativo do plantel (já vos disse que Froholdt é craque?). Isso não significa que os bons que sobreviveram a 2024/25 fiquem para trás, mas antes que têm nova oportunidade de se encaixar num 11 mais apetecível. Pepê, lá está, tem aproveitado. Rodrigo Mora tem entrado com vontade de se mostrar (esteve perto de marcar ao Atlético numa jogada… à Mora), mas ainda não convenceu Farioli que tem prioridade.

Rodrigo Mora, repito, é um talento como não há muitos. E tem só 18 anos, portanto não será este o único revés (se é isto um revés…) da sua carreira. Tal como foi capaz de carregar às costas o FC Porto de Anselmi, vai ter muitos momentos para brilhar com o novo técnico. O truque para superar esta fase será esquecer a época anterior – e os estatutos que possa ter criado – e aprender com esta nova equipa como trabalhar para o bem comum sem ser preciso estar sempre a fazer tudo sozinho (sem que isso signifique perder a sua magia).

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