Última hora; plano Fracassado O Clã Conceição não consegue,

A vingança esteve à vista no negócio de Francisco para a Juventus, mas Villas-Boas saiu como grande vencedor do duelo
Muito se tem falado da forma corajosa e intransigente como Frederico Varandas tem defendido os interesses do Sporting no caso Gyokeres.
Mas, enquanto se aguarda pelo desfecho da mais longa novela deste verão, há já um vencedor declarado no campeonato da «defesa corajosa e intransigente dos interesses» dos respetivos emblemas: André Villas-Boas!
Um troféu que teve como momento definitivo a venda de Francisco Conceição à Juventus, num negócio cujo valor total resultará no encaixe rumo aos cofres do FC Porto de 42 milhões de euros, à razão de 32 milhões pela transferência e de 10 pelo empréstimo efetuado na época passada (sete fixados no momento do contrato de cedência e mais três pelo apuramento da vecchia signora para a UEFA Champions League).
Ora, se de um lado da história há um vencedor, então há, igualmente, um perdedor, no caso o clã Conceição, que não só ficou, agora definitivamente, sem qualquer ligação ao FC Porto, como também falhou a perspetiva de encaixar os 6,4 milhões de euros a que equivaleriam os 20 por cento do passe detidos por Francisco Conceição.
Nas negociações, Villas-Boas traçou esses 20% como linha vermelha (ou azul…) e daí não saiu. Francisco — decerto sob alta influência do pai, Sérgio — mostrava-se igualmente irredutível e o negócio esteve por um fio. Uma das partes teria de ceder, acabou por ser o clã Conceição a fazê-lo, por via da assinatura de um documento a validar que o jogador prescindia da mencionada percentagem.
Se a ideia era tramar o FC Porto ou vingar-se, ela falhou redondamente. E com isso saíram vencedores totais Villas Boas e o clube a que preside.